sábado, 17 de março de 2012

Todo sentimento

Por acaso, ouvi essa música do Chico Buarque hoje. Todo Sentimento despertou todas aquelas recordações que tento eliminar da minha vida.
Olhando para trás, já passaram quase sete anos, mas agora me sinto como se tivesse sido ontem.
Tô me sentindo uma senhorinha que relembra o passado e sorri, sozinha, no seu cantinho.
Me lembrar de uma noite de inverno em Pinheiros, a caminhada até o carro nos fez passar em frente a um bar cheio de velhinhos curtindo um chorinho... e lá tinha um piano... desse piano surgiu um dos momentos mais agradáveis da minha vida. E não quero me esquecer disso... na verdade, não quero.
Talvez o que me dói, de fato, foi a promessa não cumprida, o acordo de jamais desistirmos, foi desfeito. Talvez eu, não tenha desistido ainda... mas aí já é outra história.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Viver intensamente

Achei em um blog de textos budistas, compartilho pq acredito que vale a pena a leitura:

“Viver intensamente” tornou-se o leitmotiv do homem moderno. Trata-se de uma hiperatividade compulsiva sem qualquer pausa, sem brecha de tempo não-agendado, por medo de se encontrar consigo mesmo. Pouco importa o significado da experiência, desde que ela seja intensa. Vêm daí o gosto e a fascinação pela violência, a exploração, a excitação máxima dos sentidos, os esportes radicais. É preciso descer as cataratas do Niágara dentro de um barril, só abrir o pára-quedas a alguns metros do solo, mergulhar a cem metros de profundidade em apnéia. É preciso arriscar a vida por aquilo que não vale a pena ser vivido, superar-se para ir a lugar nenhum. Então, liguemos a todo volume cinco rádios e dez televisores ao mesmo tempo, batamos a cabeça no muro e rolemos na graxa e no óleo diesel. Isso sim é viver plenamente!

Sentimos que a vida sem atividade constante seria fatalmente insípida. Amigos meus que foram guias em excursões culturais na Ásia contaram-me que seus clientes não conseguiam suportar a menor brecha no itinerário. “Não há mesmo nada agendado entre as cinco e as sete?”, perguntavam eles, ansiosos.

Temos, ao que parece, muito medo de olhar para nós mesmos. Estamos completamente focados no mundo exterior, da maneira como é experienciado pelos cinco sentidos. Parece ingênuo acreditar que uma busca tão febril de experiências intensas possa levar a uma qualidade de vida rica e duradoura.

Se dedicamos algum tempo para explorar nosso mundo interior, só o fazemos sonhando acordados, fixados na imaginação e no passado, ou fantasiando infinitamente sobre o futuro.

Um sentimento genuíno de realização, associado à liberdade interior, também pode oferecer intensidade a cada momento da vida, mas de um tipo muito diferente. Trata-se de uma experiência cintilante de bem-estar interior, em que brilha a beleza de cada coisa. Para que isso ocorra é preciso saber desfrutar o momento presente, com vontade de alimentar o altruísmo e a serenidade, trazendo para o amadurecimento a melhor parte de nós — modificar a si mesmo para melhor transformar o mundo.

Autor: Matthieu Ricard
Link do blog: http://samsara.blog.br/2012/03/viver-intensamente/

quarta-feira, 14 de março de 2012

Melhor ficar calado...

A gente tem tanta história para contar, porque é tanta coisa que ouvimos, presenciamos, participamos...
Segue uma aqui, um exemplo de qd é melhor ficar calado...
Duas pessoas entram no elevador do trabalho, é véspera de Carnaval e, óbvio, o papo é sobre os planos para a folia.
E eis q a Pessoa 1 diz animadíssima toda buscando mostrar muito conhecimento: Vc vai pra tal lugar, né? (tipo, uma micareta)
Pessoa 2: Não. (somada à expressão de: oi?)
Eles se conhecem há muitos anos, e a Pessoa 1 teima em achar que a 2 tem 18 anos, tá na facu e curte essas coisas que os adolescentes curtem.
Perdeu a chance de ficar quieto, de mostrar que tá atualizado, de cuidar da sua vida, de tanta coisa...
Preguiça de gente assim... se vc não tem nada de bom e/ou produtivo para dizer, cale-se... não demonstre intimidade com quem não tem... menos é mais, lembra?
Bacio