sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Mulher perdigueira


As 336 páginas de Mulher Perdigueira fazem jus ao Prêmio Jabuti, um dos principais da literatura brasileira, recebido por Fabrício Carpinejar na categoria crônica, em 2009. Advogando novamente os tipos mais estigmatizados no amor, Carpinejar define com excelência do que se trata sua mais nova compilação de crônicas – a mulher passional, romântica, intensa. “A mulher perdigueira sofre um terrível preconceito no amor. Como se fosse um crime desejar alguém com toda intensidade. Ela não deveria confessar o que pensa ou exigir mais romance. Tem de se controlar, fingir que não está incomodada, mentir que não ficou machucada por alguma grosseria, omitir que não viu a cantada do seu parceiro para outra. Ela é vista como uma figura perigosa. Não pode criar saudades das banalidades, extrapolar a cota de telefonemas e perguntas. É condenada a se desculpar pelo excesso de cuidado. Pedir perdão pelo ciúme, pelo descontrole, pela insistência de sua boca. Exige-se que seja educada. Ora, só o morto é educado. O homem inventou de discriminá-la. Em nome do futebol. Para honrar a saída com os amigos. Para proteger suas manias. Diz que não quer uma mulher que o persiga. Quer uma figura submissa e controlada que não pegue no seu pé. Eu quero. Quero uma mulher segurando meus dois pés. Segurar os dois pés é carregar no colo. Porque amar não é um vexame. Escândalo mesmo é a indiferença”. Para refletir.
Tirei essa matéria da revista Sax, gostei muito, de tudo, to muito a fim de ler o livro... então, resolvi compartilhar.
Vou pensar melhor sobre o assunto do livro... e depois coloco a minha visão.
Bjs e ótimo fds para as mulheres perdigueiras ou não e para os homens que as amam ou não

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